O JARDIM DO ÉDEN E O TEMPLO: O ENCONTRO ENTRE DEUS E A HUMANIDADE

Resumo

O artigo traz os resultados alcançados pela pesquisa na segunda etapa do Projeto de Ensino em Meio Ambiente da Fasseb. O objeto de estudo é a abordagem de Gregory K. Beale sobre a presença dos jardins na Bíblia. Por ser assim, a investigação concentra-se na obra germinal de Gregory K. Beale (2021), “O templo e a missão da Igreja” e no lançamento temático paralelo, “Deus mora entre nós”, de Beale e Mitchell Kim (2019). A investigação toma o jardim do Éden o lugar da morada ou do convívio de Deus com o primeiro homem (Adão), como o referencial bíblico de jardim que seria expandido sobre toda a terra a fim de refletir a presença gloriosa do Criador. Os resultados dessa etapa da pesquisa, são: a missão de Adão foi passada, após a Queda, aos patriarcas na perspectiva da construção de pequenos santuários chamados altares, indicando que o santuário da presença de Deus continua a se espalhar depois do Éden; nesse sentido, Deus manda construir o Tabernáculo, o Eden remixado na medida em que carrega uma série de semelhanças com aquele jardim do pós-Queda; essas semelhanças são vistas na construção organizada em três partes principais (Santo dos Santos, Lugar Santo e Pátio Externo), nas quais encontram-se elementos do Éden (o querubim angelical, as luzes do céu, a árvore da vida, o mundo habitado etc.), representando a morada celestial que, desde a Queda, encontra-se oculta ao homem, ainda que no meio dos homens. O jardim do Éden, prefigurando a morada de Deus entre os homens, fez-se representado nos pequenos altares ao Deus Altíssimo, no Tabernáculo, no templo de Jerusalém e, finalmente, no Templo perfeito, o Senhor Jesus Cristo.

Palavras-chave: jardim do Éden; altar; tabernáculo; templo de Jerusalém; cidade santa.